Brasil por ralo abaixo: censura e consolidação

O fim do quarto e o começo do quinto mês do governo ilegítimo de Luís Inácio pode ser definido em uma única palavra: consolidação. Mas, consolidação de quê, você pode estar se perguntando: a consolidação de um Brasil ditatorial.

O final de abril de 2023 se deu unicamente na discussão em torno da aprovação do Projeto de Lei das Fake News (PL 2.630/20), também conhecido como PL da Censura, aquele que dá ao regime – alguns chamam de “governo” – o poder de estabelecer o que passa a ser verdade e o que passa a ser mentira, rotulando aquilo que discorda como “fake news”, “inverdade”, ou “ilegítimo”. A verdade passa a ser aquilo que o governo comunista quiser que seja. Sim, assim como o Ministério da Verdade na distopia de George Orwell, responsável pela falsificação de documentos e literatura que pudessem servir de referência ao passado, de forma que ele sempre condiga com o que o Partido dizia por verdade.

Sobre o desejo do monopólio jornalístico, midiático, informacional e de todos os meios de comunicação nas mãos da esquerda, disso já estou cansado de escrever e, certamente, o leitor já deve estar cansado de ler. Já falei dezenas de vezes que sem o monopólio da informação a esquerda não consegue emplacar suas narrativas. Ao mesmo tempo que mídia livre é sinônimo de liberdade, governo esquerdista é sinônimo de repressão e controle ditatorial. A história nos mostra isso, repetidamente, em todos os lugares em que a esquerda chegou ao poder.

Falando mais sobre a tal consolidação, ela se deve, obviamente, visando que não aconteça novamente o que aconteceu a partir de 2014, em nossa nação, visando aniquilar a liberdade de nos expressarmos contra desmandos feitos pela esquerda. As vozes que clamam por liberdade e mudança precisam ser caladas, afinal, um presidente conservador foi eleito, muito foi feito por ele e foi necessário um árduo trabalho para tomar-lhe a reeleição certa.

A consolidação de que falo é a consolidação da censura que vem se alastrando em nossa nação, desde o início de 2021, com os mandatos de busca e apreensão ilegais, imorais e inconstitucionais, promovidos contra conservadores. O primeiro cume ditatorial se deu em 22/10/2021, quando o maior jornal conservador independente do hemisfério sul do planeta foi obrigado a encerrar suas atividades devido desmandos promovidos por um aparato jurídico ditatorial, juízes psicopatas e políticos canalhas. Estou falando do jornal Terça Livre. Sabe o pior? O Terça Livre avisou que a tirania não iria parar por aí e que ela só estava começando.

Censura após censura, derrubada de canais no YouTube, derrubada de centenas de páginas no Instagram, censura em postagens, de vídeos, documentários, reportagens, etc, a lista de ilegalidade cometida em nome do “Estado Democrático de Direito” foi aumentando e potencializando-se com o tempo. O problema é que agora a água começou a bater na bunda de todo mundo, e até mesmo aqueles que nas eleições clamaram por votos brancos e nulos, equiparando Jair Bolsonaro a Lula, como se ambos pertencessem à mesma escória política, agora sentem o gosto amargo da censura ditatorial.

Devo parabenizar os isentões e os liberais limpinhos dos bumbuns gulosos, pois não deve ter sido fácil a missão de potencializar as características histéricas e manipuladoras que só um grandíssimo canalha é capaz de possuir. O resultado está aí: um governo ilegítimo que só chegou no poder por meio da fraude e da censura, propondo mais fraude e mais censura para adquirir ainda mais poder, aumentar ainda mais a sua influência e acabar com qualquer possibilidade de diálogo ou pensamento contrário ao revolucionário.

Aumento de poder financeiro e informacional, é isto o que vemos desde o primeiro dia de mandato do ladrão de nove dedos. Foram inúmeras tentativas de aumento de imposto e poder. O regime planejou a volta do imposto sindical, imposto sobre compras em plataformas de vendas digitais, volta do DPVAT, sem contar as conversas e tentativas de acordos de empréstimos do BNDES às ditaduras amigas falidas, tal como ocorria nos governos petistas anteriores. Aqui nem vou me referir às tenebrosas falas do Molusco em relação à guerra na Ucrânia e às groselhas faladas nas visitas à Portugal e Espanha, mas parece que a mentira e a estratégia de inventar números aleatórios ainda é corriqueira na para o líder petista.

E ao que tudo indicava, devido ao grande descontentamento e comoção nacional contra a PL da Censura, essa parecia ser uma guerra perdida para o ladrão até que, coincidentemente, na terça-feira, 02 de maio, Lula manda liberar emendas a parlamentares após reunião com Arthur Lira. As emendas totalizam R$ 6,5 bilhões para a Câmara e R$ 3,5 bilhões para o Senado. E o que foi dito por Lira após isso? Que “só vai ser votado se tivermos maioria”. Olha só, será que essa é a tal “harmonia entre os três Poderes” de que a mídia tanto falava na época das eleições? Outra coincidência ocorreu também na mesma terça-feira, quando Lira anunciou uma decisão regimental que, na prática, impede a participação do partido Novo na CPMI do dia 8 de Janeiro na Câmara, dando mais uma cadeira para o PT.

Mas não ache, caro leitor, que o Cabeça de Piroca também não participaria das coincidências da política de Brasília. Na mesma terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes determinou que presidentes de empresas que operaram redes sociais prestem depoimento, no prazo de cinco dias, na Polícia Federal. A decisão de Moraes foi feita após a divulgação de denúncias sobre o suposto favorecimento de resultados contrários ao PL da Censura. As plataformas deverão remover todos os anúncios que se refiram ao projeto como um projeto de censura. Pela decisão, os presidentes do Google, Meta (Facebook e Instagram), Spotify e Brasil Paralelo deverão prestar depoimento. Segundo Moraes, eles terão que esclarecer à PF o motivo pelo qual permitiram o uso de mecanismos de propaganda contra o projeto. Ou seja, terão de explicar o porquê de estarem indo contra os desejos dos iluminados censuradores. 

Na mesma terça, 02 de maio, que parece não ter fim, em coletiva de imprensa, o ministro da (in)Justiça, Flávio Dino, anunciou que o Google será obrigado a divulgar conteúdo a favor do PL das Fake News. “Assim como vincularam clandestinamente uma publicidade contra, agora vão ser obrigados a veicular no mesmo lugar uma publicidade a favor”. Na cabeça do Dino, da Família Dinossauro, trata-se de clandestinidade uma empresa privada de comunicação se posicionar contra um projeto de lei que limita a comunicação. Basicamente, o governo diz que o PL da Censura não tem nada a ver com censura, daí vem o Google e aponta vários problemas do PL, indignado por alguém ter opinião contrária a ele, o governo promove censura contra o Google. Esse é o Brasil. O Dinossauro também ameaça multar em R$1 milhão por hora a plataforma. Vale lembrar que uma semana antes, o aplicativo de mensagens Telegram foi proibido em solo nacional por decisão judicial, sujeito a multas milionárias. A decisão foi desfeita, posteriormente. Se a burra da Janja dissesse algo sobre o tema, certamente seria algo como “a censura é para as redes sociais e não para os usuários”. 

Não demoraria muito para a opinião popular cair matando e o debate se aquecer. A pouca liberdade que nos resta nas plataformas digitais foi o suficiente para despertar a atenção para o fim drástico e definitivo dessa liberdade, e na manhã da quarta-feira, 03 de maio, outra coincidência ocorre: a Operação Venire prendeu seis pessoas por suposta inserção de dados falsos de vacinação contra o vírus chinês nos sistemas do Ministério da Saúde. Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, que também atuavam na proteção pessoal do ex-presidente, foram presos. A Gestapo do Cabeça de Piroca também cumpriu 16 mandados de busca e apreensão.

Os telefones de Bolsonaro e Michele foram apreendidos e no final da tarde do dia 03, o Xandão determinou a apreensão do passaporte de Jair. No Brasil é assim, Sérgio Cabral, condenado a 400 anos de prisão fica impune, traficante recebe helicóptero de volta, ladrão corrupto governa, mas o problema é a vacinação do ex-presidente conservador. Pelo jeito que as coisas estão indo, amanhã o Marcola assume algum ministério. Agora eu te pergunto: quanto tempo até Jair Bolsonaro e sua família serem presos? Acredito que pouquíssimo. O cartão de vacinação é pretexto para prender três pessoas próximas ao Bolsonaro e tentar extrair alguma coisa contra ele. Pelo mesmo motivo, Anderson Torres está preso há mais de 100 dias e os celulares de Jair e Michele poderão ser utilizados em outras investigações. Também no dia 03, a Justiça Federal estabelece prazo para que Adélio Bispo possa ser solto. O Brasil é um país em que as coincidências só ferram um lado. 

Enfim, orquestre o maior esquema de corrupção da história da humanidade, faça alianças com narcotraficantes, com a indústria do sequestro e de armas, roube cerca de um trilhão de reais dos cofres públicos, alimente ditaduras amigas visando seu projeto de poder totalitário e continental, prenda e mate seus adversários políticos, fraude eleições, compre juízes e parlamentares, alimente a indústria do aborto e a infiltração revolucionária na Igreja, use da fé do povo, deixe-os na miséria enquanto promete um Bolsa-Esmola, mas jamais, jamais tente enganar o Zé Gotinha.

Será que o pacifismo e a ingenuidade de alguns conservadores colaboraram para que chegássemos nessa situação? Não tenho dúvidas que sim, e como dizia o majestoso Olavo de Carvalho, se você não prender os comunistas pelos crimes que eles fizeram, eles vão prender você pelo que você não cometeu.

Errou quem achou que o Foro de São Paulo, o ladrão de nove dedos e o Cabeça de Piroca estavam dormindo. Eles não estão onde estão por acaso. Suas estratégias não são criadas de uma hora para outra. O movimento revolucionário não descansa, e enquanto os conservadores brasileiros não estudarem a atuação, a estratégia e a tática revolucionária no mundo, mas especificamente do continente, jamais ganharão nenhuma batalha. Chegamos num ponto em que as coisas não podem mais serem resolvidas por meio da política.

Devemos voltar para a base: o trabalho informacional e cultural deve ser feito. Mas como fazer isso sem internet livre? Dá-se um jeito, nem que voltemos aos pasquins. Uma classe de pessoas decididas a abdicar, incondicionalmente, de interesses públicos, sociais e financeiros, é disso que o Brasil precisa. É uma “luta de ideias” somadas a uma conquista dos meios operacionais, materiais e sociais para difundir essas ideias. A ocupação de espaço é necessária e é ainda mais necessário provar que estamos do lado certo.

E como fazer isso na ditadura em que estamos presentes, não sei, mas não podemos desistir. 

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