A incapacidade da ONU em controlar a ameaça do Hezbollah no Líbano

Sob o olhar e omissão da UNIFIL (ONU), grupo terrorista ampliou seu arsenal e desafia resoluções internacionais

Após décadas de atuação da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), especialistas questionam a eficácia da missão em impedir o avanço de grupos terroristas, especialmente o Hezbollah, que se fortalece em áreas supervisionadas pela ONU. O confronto entre Israel e a UNIFIL reacendeu a discussão sobre o papel e a efetividade da ONU no controle de ameaças ao longo da fronteira libanesa. Mesmo com constantes alertas das Forças de Defesa de Israel (IDF), a UNIFIL mantém suas posições, sem responder aos atos que transformaram suas tropas em um escudo humano para o grupo terrorista Hezbollah.

Enviada ao Líbano em 1978, a UNIFIL visava monitorar a retirada israelense e impedir novos ataques, após a Resolução 425 do Conselho de Segurança da ONU. No entanto, os ataques e as atividades hostis cresceram, e em 1982, Israel lançou a Operação Paz para a Galileia para proteger o seu território, num esforço que culminou na Primeira Guerra do Líbano. Desde então, a presença da ONU na região não se traduziu em contenção efetiva, e foi a criação de uma Zona de Segurança, operada pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) que protegeu Israel de maneira mais eficaz.

Ao longo dos anos, a retirada de Israel do sul do Líbano evidenciou a vulnerabilidade e omissão da UNIFIL diante do grupo terrorista Hezbollah, que continuou suas operações na área com pouco ou nenhum tipo de impedimento. Após a Segunda Guerra do Líbano, Israel pressionou por mudanças, solicitando um mandato ampliado para que a UNIFIL pudesse agir contra combatentes armados e incluindo tropas de países ocidentais, como Itália e França. Em resposta, a ONU aprovou a Resolução 1701, que parecia conceder autoridade adicional à UNIFIL e contava com apoio internacional renovado. No entanto, 18 anos após essas mudanças, a presença do Hezbollah aumentou na região, com bases construídas perto das posições da UNIFIL e violando os termos da Resolução 425 que se mantém ativa até os dias de hoje.

Recentemente, a IDF removeram várias estruturas ilegais da região. Na verdade, representantes da ONU e de países com tropas na UNIFIL manifestaram preocupação com a segurança de suas forças, embora não tenham feito exigências para que o grupo terrorista Hezbollah cesse suas atividades terroristas na área. Com isso, Israel enfrentou não apenas o desafio da violência terrorista, mas a crítica de aliados internacionais, para os quais a atuação das IDF é “inaceitável” diante da presença da UNIFIL, transformando a força de paz em uma barreira para a defesa israelense.

O Instituto Touro de Direitos Humanos e Holocausto, em estudo conduzido pela diretora Anne Bayefsky, expõe uma postura recorrente da ONU que, segundo o relatório, age contra os interesses de Israel, invertendo realidades. Bayefsky destaca que a ONU tem minimizado ações de grupos terroristas como o Hamas e o Hezbollah, transferindo a responsabilidade das agressões para as vítimas israelenses, um método de “racionalização de agressões e culpabilização da vítima”. Na recente declaração, Francesca Albanese, Relatora Especial da ONU para a Palestina, endossou essa abordagem, alegando que as vítimas israelenses de outubro “não foram mortas por serem judias, mas como uma resposta à opressão”.

A ONU, incluindo a UNIFIL, é acusada de omitir cometidas visíveis por grupos terroristas como o Hezbollah, enquanto responsabiliza falsamente Israel por revisões e ações de autodefesa. Para Israel, a ineficiência da UNIFIL representa uma ameaça contínua, mesmo com aliados ocidentais, cujas tropas, paradoxalmente, acabam por na prática proteger terroristas ao invés de impedir seus ataques contra o território israelense.

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