O Regime Comunista Cubano é acusado de perseguição, censura, tortura e vigilância contra líderes religiosos na ilha dominada pelo partido comunista.
Durante uma sessão especial da Organização dos Estados Americanos (OEA), realizada na última quarta-feira (23/10), especialistas em direitos humanos alertaram sobre a intensificação da repressão exercida pelo Regime Comunista de Cuba contra líderes religiosos e pessoas que praticam sua fé de maneira independente na ilha. Segundo as denúncias, o regime comunista cubano monitora templos, igrejas e locais de culto, além de ameaçar cidadãos que exercem sua liberdade de expressão, religião e crença.
O encontro na OEA foi marcado pela apresentação de um relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que aborda a situação da liberdade de consciência e crença nas Américas. O embaixador dos Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional, Rashad Hussain, enfatizou que, embora a ditadura cubana permita algumas atividades religiosas, especialmente aquelas vinculadas à assistência humanitária, ele mantém um controle rígido sobre todas as manifestações religiosas no país.
“O governo vigia os locais de culto e ameaça os atores religiosos que exercem sua liberdade de expressão, religião e crença”, afirmou Hussain. De acordo com o diplomata, essa pressão estatal levou muitos líderes religiosos a se autocensurarem em suas pregações para evitar represálias da ditadura cubana. Hussain ainda destacou relatos de que prisioneiros políticos com ligações religiosas sofreram torturas e maus-tratos frequentes nas prisões cubanas.
Outro aspecto apontado na reunião foi a crescente hostilidade contra praticantes de religiões de matriz africana. O ativista de direitos humanos Ofunshi Oba Koso relatou um aumento nos casos de estigmatização, discriminação e violência contra esses grupos, reforçando uma urgência da atenção internacional sobre a situação dos direitos religiosos em Cuba.