Quanto mais supersticiosa uma nação, mais doentes e frágeis são seus membros. Superstição é sinônimo de imaturidade intelectual, psicológica e espiritual, é um desvio da religião verdadeira rumo a um panteísmo irracional. Panteísmo é uma crença de que Deus não é apenas o criador absoluto, mas algo maior do que isso: ele abrange e compõem tudo, faz parte do universo e se manifesta na natureza física, pois ambos são, no final das contas, a mesma coisa. Dessa forma, o panteísta passa a divinizar absolutamente todo o universo, num misticismo exacerbado, desconexo, e irracional. No lugar da Doutrina, o panteísta instala seu subjetivismo e seu sentimentalismo. Para ele, Deus pode estar numa caixa de fósforo e, perante seu subjetivismo, pode conceder a esta tal caixa de fósforo, poderes e características divinas. O panteísmo, somado com um ecumenismo e com o ecossocialismo, são os principais pilares globalistas usados para a destruição da fé cristã. Entrarei em detalhes disto em artigos posteriores.

Irreligião ou superstição, nada mais é do que uma falta de virtude, que rompe com a moral, com a ética, e até com a inteligência humana. Um supersticioso é uma confusão ambulante e metade dos brasileiros possuem tal deficiência, os quais dizem crer num Deus cristão, mas acreditam em simpatias, amuletos, superstição e “trabalhos” espirituais. Desculpe te falar, meu filho, mas você não é cristão e seu sincretismo religioso não é uma religião, de fato, é apenas um emaranhado ideológico e cultural, cujas cosmovisões intercaladas, criaram esta névoa de crenças opostas, sem pé nem cabeça, que nublam qualquer tentativa séria de análise e entendimento.

E o mais irônico é ver as mesmas pessoas que dizem acreditar no “poder do universo”, “poder das pedras mágicas”, na simpatia do sal atrás da porta, do Santo de cabeça para baixo, da semente de ameixa na carteira, que acredita em horóscopo, signos, etc, serem as mesmas pessoas que negam, com todas as forças, a presença do Cristo vivo na Eucaristia. Hipocrisia de tipo canalhistica ou psicótica.

Obviamente possuem muitos supersticiosos dentro da Igreja Católica. Ao ir à Missa, vez ou outra você verá seres cheios de amuletos, que parecem mais um carro alegórico do que um fiel católico. É escapulário, terço, medalha, anel, fita, broche, etc, como se a posse de tais objetos fossem mais importantes do que o real amor perante a Verdade revelada por Nosso Senhor Jesus Cristo e seus Sacramentos. No meio protestante, podemos enxergar a mesma coisa, num excesso de uma falsa fé que muitos possuem na Palavra, ou naquilo que a pessoa acredita que a Palavra Sagrada diz, sendo o sujeito, um biblicista e não um cristão, verdadeiramente. Jaz aí, novamente o subjetivismo e o sentimentalismo.

Um supersticioso é um ser incapaz, um fraco, um chorão, um medroso, alguém que culpa o “universo”, o “olho gordo” e o “mal olhado alheio”, por suas falhas, seus erros e suas derrotas. “Eu não consegui comprar tal carro por causa do olho gordo e inveja dos que me rodeiam”, diz o supersticioso derrotado. Trata-se de um eterno adolescente que pondera os acontecimentos de sua vida, baseados em achismos. Um supersticioso não possui a capacidade de enxergar suas próprias falhas, justificar e pretextar seus atos. Veja que aqui não nego a existência de forças ocultas em nosso mundo. Sabemos da predestinação humana para o mal e das forças malignas que nos rondam para nos afastarmos do Logos Divino. Porém, o controle das forças ocultas da natureza não é para qualquer um, e desculpe te dizer isso, caro leitor, mas aqueles que possuem tal devoção ao exercício de tais atos demoníacos, pouco se importam se você está interessado em comprar um carro, pedir um empréstimo no banco ou concorrer a uma vaga de trabalho. E garanto que noventa por cento dos eventos indesejados na sua vida não acontecem por culpa deles.

Entenda, de uma vez por todas, e amadureça, se for o seu caso: o que destrói sua capacidade de ação, não é nenhum tipo de “energia negativa” ou a suposta inveja que seus inimigos possam ter de você, o que destrói, é você, suas falhas, sua ignorância, e suas limitações. Você não é Deus, não é onipotente, por isso, aprenda a conviver com suas frustrações e suas incapacidades. Pare de culpar o outro por aquilo que você não foi capaz de realizar. Pare de divinizar aquilo que não deve ser divinizado. Me desculpe, mas suas pedrinhas coloridas não são Deus, e não possuem força mágica alguma. O sal atrás da sua porta só atrairá insetos, e as sementes de frutas presentes na sua carteira só mostram o quão porco e desleixado você é.

Um supersticioso haje como se Deus valorizasse mais as leis, os rituais e as oferendas materiais do que a própria alma e o amor de seus filhos. A superstição e a luta contínua dos brasileiros em não buscarem a gênese de suas ideias e de suas crenças, são um dos maiores, se não, o maior problema da nossa nação. Problema este, que impede que qualquer outro problema seja solucionado.

Quem sustenta a realidade da qual vivemos é Deus, apenas Ele É aquele que É. Nada está na realidade que não está em Deus. Ele É a realidade, Ele É o Logos Divino, é Nele que se sustenta todo o cosmos, e é a sua relação com Ele, que delimita, e ampara os acontecimentos que surgem na sua vida. Quer ter resultados melhores? Busque amar a Deus, verdadeiramente, mas não busque absolutamente nada em troca. Não o ame na intenção de receber benesses neste mundo. Ame-O de todo o coração e aceite Dele todas as mazelas que possam ocorrer em sua vida. É assim que se deve enxergar o mundo, é assim que se amadurece, é assim que se vira Santo.

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